
"Impermeabilidade. Elasticidade. Durabilidade. São características da cortiça que a tornam uma matéria-prima de elevado potencial para a indústria têxtil. Trata-se de identificar mais-valias funcionais, estéticas e de sustentabilidade na cortiça que, conjugadas com as propriedades dos texteis podem dar origem a produtos diferenciadores, inovadores, mais sustentáveis e com maior incorporação de matérias-primas nacionais", lê-se no site de notícias da Universidade do Porto.
Ao órgão de comunicação universitário Fernando Pereira, responsável na FEUP pelo projeto disse que "existem já alguns produtos que utilizam a combinação destes materiais, embora nenhum com esta abordagem”. O responsável admite que "os resultados já obtidos levaram o consórcio a iniciar o processo de registo de patente desta tecnologia”.
Fernando Pereira explica que "a aplicabilidade deste tipo de materiais é elevada. O mercado é muito vasto e pode ir desde o têxtil lar e o vestuário até à marroquinaria, mobiliário e até mesmo decoração, o que irá permitir às empresas entrar em mercados competitivos e com grande potencial de crescimento”. Na notícia ainda se lê que "ao mesmo tempo, espera-se promover e estimular a inovação e o desenvolvimento tecnológico das empresas aumentando a sua competitividade, através da criação de relações de sinergia entre duas empresas de diferentes setores, nomeadamente o setor industrial corticeiro e os têxteis e vestuário, bem como com as entidades do Sistema Científico e Tecnológico (SCT): CITEVE e FEUP”.
O projeto Cork-a-Tex venceu recentemente o prémio INOVATÊXTIL 2015 na categoria Produtos.