Bolacheira: o espaço onde os doces nos fazem recuar ao tempo dos nossos avós

Bolacheira. Assim se chama o projeto de um casal de namorados do Porto que, estando com bastante tempo livre, resolveram ocupá-lo com o fabrico de bolachas caseiras. No estabelecimento, situado na Foz do Douro, no Porto, pode provar-se não só as bolachas caseiras, feitas a partir de receitas exclusivas, como cupcakes, tartes, quiches e refeições rápidas. Apesar do espaço ter aberto as portas há apenas duas semanas, a verdade é que já tem uma lista infindável de clientes que não passam um dia sem lá entrar.
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Francisca Martins e Paulo Magalhães têm os dois um curso superior mas não exercem atividade profissional na área para a qual estudaram por não ser fácil ter um lugar no mercado de trabalho nessa área. Mas nem o fato de verem tantas portas serem fechadas os levou ao desânimo. Pelo contrário. Ela, a Francisca, aproveitou para aperfeiçoar a arte de fazer bolos. Ele ajudou-a e, quando viu que as suas iguarias estavam a fazer sucesso junto de amigos, familiares e conhecidos, desafiou-a a lançar um negócio. Um negócio de puro empreendedorismo. Assim nasceu a Bolacheira, uma cafetaria situada na Foz do Douro, Porto, onde se podem provar bolachas de diversos sabores e feitios, cupcakes, tartes, quiches, etc. O sucesso já é um dado adquirido.

Em conversa com o VerPortugal Paulo Magalhães conta que "foi há cerca de dois anos que Francisca começou a usar o fogão da casa dos pais para fazer umas bolachas. Doces esses que eram vendidos a familiares, amigos e conhecidos". E foram esses amigos, familiares e conhecidos que, ao encomendar as bolachas para festas, lhe começaram a dizer onde deveria aperfeiçoar mais para que as receitas dessem origem a deliciosas bolachas. 

"A determinada altura, a cozinha que usava para fazer as bolachas deixou de ser suficiente. E, nessa altura pensamos em ter um negócio" - explica Paulo Magalhães dando nota de que chegaram a pensar fazer a divulgação via Redes Sociais. "Mas depressa abandonamos essa ideia e decidimos começar antes 'pelo fim' e procurar um lugar para abrir um estabelecimento onde as bolachas e outros doces pudessem ser confecionados em maiores quantidades" - refere ao VerPortugal o sócio de Francisca Martins.

Foi na Foz do Douro, no Porto, que encontraram um espaço que, em tempos, era um restaurante. "Pelo fato de não termos de adquirir a maior parte do equipamento o investimento foi menor, mas mesmo assim tivemos gastos com a decoração que pretende retratar 'a Casa da Avó' " - revela ao VerPortugal Paulo Magalhães, enquanto Francisca Martins retira do forno mais uma quantidade de bolachas feitas de vários sabores.

Apesar da "Bolacheira estar situada numa zona onde o custo de vida é elevado, conseguimos aliar a qualidade dos produtos a preços normais" - refere Paulo Magalhães.

Na Bolacheira encontrámos, então, bolachas caseiras de diversos sabores. Desde lima e coco a avelã, canela e limão. Até encontramos bolachas com nomes. É o caso da "kiki", uma bolacha de manteiga e flôr de sal. "Aqui as bolachas não estão embaladas, mas podem ser adquiridas em frascos. E muitos são os que o fazem. Depois, regressam para encher" - explica Paulo Magalhães para quem abrir outras lojas idênticas noutras cidades do País e até mesmo no estrangeiro, são projetos que poderão ser colocados em prática no futuro, "e se o negócio continuar a correr tão bem como tem sido até hoje".

No estabelecimento que abriu portas há cerca de duas semanas, já foram criados dois postos de trabalho. "Dois postos de trabalho sem contar comigo e, brevemente, teremos de contratar mais duas pessoas porque ...isto está a crescer!" - refere.

 

 

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