Hands to Discover, porque quem não ouve tem direito a viajar e descobrir

Hands to Discover e nada mais nada menos que uma plataforma inovadora que permite que quem não ouve possa passear, conhecer, aprender, divertir-se. Projeto único na Europa, a marca (propriedade da CTILG) foi criada por Ana Bela Baltazar, mestre em Psicologia Clínica e Mestre em Tradução e Interpretação em Língua Gestual. Com pouco mais de um ano de vida, a Hands to Discover, já criou dois postos de trabalho, tem como principais clientes os turistas franceses.
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Quando e como nasceu a empresa?

A empresa mãe do projeto “Hands to Discover” é a CTILG criada em 2005. O projeto "Hands to Discover - Turismo Acessível para Pessoas Surdas” surge em 2016.

Quem são os mentores? Que formação têm?

Ana Bela Baltazar, mestre em Psicologia Clínica e Mestre em Tradução e Interpretação em Língua Gestual.

O que leva a empresa a participar na Normédica?

A visibilidade é o que se pretende obter na feira. O público alvo é o que por lá passar.

O que espera trazer do evento?

Um novo projeto criado em Portugal e único na Europa. Dar respostas novas a um público muito especifico.

Quantos postos de trabalho já criou a marca?

Dois. Efetivos.

A internacionalização já aconteceu? Para que países?

Sim, estivemos a realizar prospeção no Brasil. Realizamos feiras em Barcelona, Madrid e Paris e temos previstas feiras em Londres, Bruxelas e Luxemburgo.

Quais os projetos traçados para a empresa cumprir a médio prazo?

A sua divulgação em massa entre a comunidade surda europeia.

O que pode um cliente esperar desta empresa?

Profissionalismo, dedicação e conhecimento culminando com uma experiência inesquecível em relação ao nosso País.

Há concorrência? De que forma é contornada?

Não. Como referimos, nos moldes do Hands to Discover não existe outro projeto na Europa.

Ao escolher uma viagem, o cliente tem assegurado acompanhamento no caso de visitas a locais históricos, por exemplo?

Ao escolher os nossos serviços o cliente poderá fazer a sua viagem à sua medida. Terá a liberdade que entender/pretender ou poderá ter em permanência o acompanhamento de Intérprete de Língua Gestual.

Quais os locais mais procurados por quem procura a Hands to Discover?

O projeto está no seu inicio. No entanto, dos pedidos que temos recebido, as cidades de Lisboa e Porto são as mais procuradas. E o nosso público é essencialmente o turista francês.

Quais as lacunas que mais sentem a este nível? Todos os locais de turismo (hotéis, museus, etc) já têm pessoas habilitadas a atender/prestar apoio a quem não ouve?

A falta de sensibilidade dos decisores das empresas turísticas, sejam elas agências, hotéis, transportes, museus, restaurantes, etc... Existe ainda a ideia de que tudo se resolve com um papel e uma esferográfica. E que este serviço apesar de importante será para “depois” implementar… Uma vez que nesta fase estamos a tentar angariar parceiros que a nós se queiram juntar, e surgir no nosso site, temos vindo a agendar inúmeras reuniões. Temos sido sempre muito bem recebidos, saímos das reuniões de apresentação do Projeto muito agradados com o interesse que as entidades (publicas e privadas) sempre demonstram. Contudo,  a concretização efectiva é muita das vezes adiada… Penso que com o “Bum” da procura do turista por Portugal está a “cegar” quem está na área, esquecendo-se de inovar e de dar mais valias que só acrescentam valor ao País na hora de decidir o seu destino. Acessibilidades não se limitam a barreira físicas..

Que apoios receberam para criar a empresa?

Para a internacionalização o Programa “2020” uma vez que a empresa já existia. A única criação foi da marca “Hands to Discover”.

Prémios, esta empresa já recebeu? Qual ou quais?

A empresa CTILG recebeu, em maio de 2013, o Diploma de mérito “Acessibilidade e Mobilidade para Todos – O Estado da Nação.” Reconhecida como uma das 50 melhores “boas práticas” na promoção da acessibilidade universal.

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