
Mas em que é que se baseou a ASPIC para traçar o retrato da investigação em oncologia realizada em Portugal entre 1976 a 2015. De acordo com a notícia publicada no site da Universidade do Porto, "Este estudo inédito baseou-se numa análise às publicações portuguesas nas bases de dados Medline/PubMed e Web of knowledge. E os resultados não deixam dúvidas. Durante o período em estudo, os investigadores da Universidade do Porto assinaram ou co-assinaram perto de 1400 publicações (1383), número que representa cerca de 24 por cento do total nacional. Seguem-se o Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO Porto), com 844 publicações, e o Ipatimup, Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da U.Porto (que, no estudo, surge separado da Universidade), com 829 publicações".
Ao ler a notícia do site da Universidade fica a saber-se que "o Porto é de resto o grande dominador da lista ao colocar quatro instituições no 'top 5' das que mais contribuem para o conhecimento produzido em Portugal no domínio do cancro. A primeira instituição de fora da Invicta é o IPO Lisboa, com 609 publicações, seguindo-se as universidades de Coimbra (477) e de Lisboa (395)".
ODe acordo com os autores do estudo acreditam que "a forte presença das universidades e de instituições hospitalares constitui uma das imagens de marca da investigação em oncologia em Portugal". A ASPIC dá ainda nota, através da notícia da Universidade do Porto, de que "estas instituições colaboram consistentemente entre si, através de coautorias, dando origem a uma produção translacional relevante”.
Os investigadores concluem que existe uma "estreita relação entre a evolução da investigação oncológica em Portugal e as políticas científicas e tecnológicas do país”, nomeadamente a partir dos anos 80 e especialmente de meados dos anos 90 do século XX. Relativamente à Universidade do Porto, foi início do milénio que a instituição consolidou o papel de liderança.
"O estudo conclui também que a investigação oncológica em Portugal se debruça essencialmente sobre os cancros do estômago, intestino, tiróide, útero, pulmão, mama, próstata e leucemia/linfoma", lê-se no texto da Universidade do Porto.
Resta referir que o estudo é assinado por investigadores das universidade do Porto e de Coimbra e do Instituto Português de Oncologia do Porto. Para poderem levar a cabo o estudo, tiveram financiamento da Fundação Calouste Gulbenkian, Bristol Meyers-Squibb e ASPIC.