Lua Cheia apresenta Poseidon, o “vinho da volta” que estagiou três meses em alto mar

Numa associação entre a Lua Cheia em Vinhas Velhas e o Clube de Oficiais da Marinha Mercante, três mil garrafas navegaram durante três meses a bordo de um navio bacalhoeiro, estagiando em alto mar. Recupera-se assim a velha tradição do "vinho da volta", maturado pelas ondas do mar.
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Herda o nome do Deus dos Mares, porque foi a travessia oceânica que lhe determinou a essência. Poseidon é o mais recente projeto do produtor do Douro Lua Cheia em Vinhas Velhas, numa parceria com o Clube de Oficiais da Marinha Mercante. 

A 7 de junho deste ano, três mil garrafas da colheita de 2014 partiram a bordo do navio bacalhoeiro Coimbra, rumo aos Grandes Bancos da Terra Nova. Navegaram 81 dias, ao longo de 10.291 milhas náuticas no porão do navio, estagiando em alto mar. 

Segundo Manuel Dias, administrador do Lua Cheia em Vinhas Velhas, "a técnica é inspirada na tradição do ‘vinho da volta’, praticada em tempos pelo Vinho da Madeira. O balanço e as condições da travessia oceânica permitem um envelhecimento precoce do vinho e concedem-lhe características únicas”.

Este vinho é uma "homenagem à memória marítima de Portugal e aos pescadores portugueses que ao longo de séculos dedicaram as suas vidas à pesca longínqua”, acrescenta o responsável.

O Lua Cheia em Vinhas Velhas Poseidon 2014 é um DOC Douro tinto, produzido com uvas de vinhas velhas, como é característico do produtor. O vinho estagiou durante 12 meses em barricas de carvalho francês e mais três meses em alto mar. Poseidon é um vinho de uma elegância incomum, com taninos finos e bem integrados. A enologia ficou a cargo de João Silva e Sousa e Francisco Batista.

Esta é uma edição limitada de três mil garrafas. Todas as garrafas estão numeradas e são acompanhadas por um Certificado do Clube de Oficiais da Marinha Mercante. O projeto é para continuar. "Já temos prevista uma segunda edição, com partida em janeiro”, menciona Manuel Dias.

O projeto Lua Cheia em Vinhas Velhas resulta da ligação apaixonada que os seus três fundadores - João Silva e Sousa, Francisco Baptista e Manuel Dias - mantêm com o Douro há mais de duas décadas. Depois de tantos anos a serem surpreendidos por esta região vitícola única, em 2009 chegou a altura de mostrar a forma como viam os vinhos do Douro. A história da empresa começa nesse ano, com vinhos brancos de Murça - uma zona esquecida pelo progresso, mas que produz vinhos únicos e cheios de identidade. Em 2010, iniciou-se um investimento na adega em Martim, Douro, e, em 2012, na região berço do Alvarinho, Monção. Em 2013, também se iniciou uma parceria no Alentejo, vinificando-se em instalações de terceiros as uvas escolhidas e adquiridas na região de Estremoz.

O objetivo da Lua Cheia em Vinhas Velhas é fazer vinhos que mostrem a essência de cada uma das regiões onde produz e, usando os ensinamentos do Velho Mundo, descobrir e deixar expressar o "terroir". O curto caminho da Lua Cheia fez-se e far-se-á de estudo e de procura pela própria identidade, permitindo, através de excecionais relações qualidade/preço, democratizar o consumo de vinhos inovadores e de elevada qualidade.

No Douro, a Lua Cheia em Vinhas Velhas produz as marcas “Lua Cheia”, “Andreza”, “Secretum” e “Colleja”; na região do Vinho Verde as marcas "Salsus”, "Maria Papoila" e “Maria Bonita”; e da sub-região de Monção/Melgaço, as marcas "Toucas" e "Nostalgia" - 100% Alvarinho. Na região do Alentejo produz os vinhos "Album".

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