O responsável do projecto, Filipa Alves, disse à Agência Lusa que os pontos de encontro começaram esta semana na Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC), estando em diferentes locais da cidade até 23 de maio, dinamizando-se no espaço aulas, leituras, concertos, conversas ou oficinas.
Para criar os sofás foram, então, utililzados pneus velhos, cola e tecido. O resultado: verdadeiras obras de arte que convidam os habitantes a usarem os espaços públicos para diversas valências. Esta é – segundo a mentora do projecto – também uma forma de abrir a universidade às pessoas.
Filipa Alves disse ainda à Lusa que "tem de se abrir o conhecimento à população em geral. Há muitos temas que despertam curiosidade nas pessoas, mas apenas são tratados em contexto de aula, podendo os docentes, assim como qualquer outra pessoa, propor atividades em que se utilizem os sofás”. Para Filipa Alves, "não há esta ideia de que o espaço público possa servir como local de encontro", sendo necessário resgatá-la.
Depois de uma primeira semana com os sofás na ESEC, estes vão estar no jardim da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, no Museu Nacional Machado de Castro e no Centro de Artes Plásticas de Coimbra.
À Lusa, Mário Montez, professor na ESEC, disse ter recebido o convite da Casa da Esquina por considerar os pontos de encontro uma proposta muito interessante tendo os sofás sido logo apropriados pelos alunos.
O projecto, segundo a Lusa agradou a toda a comunidade académica sendo que há até a ideia de se fazer uma oficina para se dar continuidade ao projecto e aproveitar a ideia. Entretanto, no espaço, que se pretende ser de "troca de ideias", vão ser realizadas actividades como uma oficina de construção de brinquedos, um concerto da Tone Music School, leituras encenadas, conversas sobre o mercado de trocas ou o banco do tempo, oficina de construção de herbários, entre outras iniciativas. Esta é uma actividade que está inserida na XVII Semana Cultural da Universidade de Coimbra que apresenta iniciativas ao longo de 2015.
