
A película foi rodada em 1982 para ser mostrada ao público após a morte do realizador português. O filme, de 68 minutos, tem texto da escritora Agustina Bessa-Luís, e vozes de Diogo Dória e Teresa Madruga.
De acordo com a programação da Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, ‘Visita ou memórias e confissões’ permaneceu inédito durante mais de trinta anos, conservado e preservado nos cofres da instituição, embora tivesse havido algumas “muito estritas excepções”, respeitantes a exibições privadas.
Entre elas, conta-se uma projecção na Cinemateca em 1993, no contexto do Ciclo ‘Oliveira: O Culto e o Oculto’, numa apresentação restrita, especialmente autorizada por Manoel de Oliveira.
Em declarações à Lusa, José Manuel Costa, diretor da Cinemateca Portuguesa, disse no dia da morte do cineasta que o filme “começa por ser uma referência à casa onde vivia, que teve de deixar por vicissitudes da sua vida”. “Tem um caráter pessoal que, devido a isso, ele pediu para só ser divulgado amplamente depois do seu falecimento”, referiu José Manuel Costa à Lusa acrescentando que Manoel de Oliveira quis reservar a exibição para depois da morte, não porque quisesse ocultar qualquer facto, mas porque tem a ver com a vida dele. “É uma memória pessoal”.